31 janeiro 2013

CADÊ A CABECEIRA?

Comprei uma cama box de casal para poder me esparramar, mas depois que ela chegou fiquei incomodado, parecia que tava faltando alguma coisa. Quando deitei nela pela primeira vez percebi que o que faltava era a cabeceira! Me esqueci completamente disso na hora que fiz minhas pesquisas.

O jeito foi buscar alguma alternativa que eu pudesse adaptar ao modelo de minha cama.
Nessas pesquisas acabei me deparando com muitas ideias boas que eu gostaria de compartilhar aqui com vocês.
O primeiro modelo mostra uma cabeceira de couro preto, com costuras. Achei ótima a altura e a largura desse modelo. Também gostei muito da parede cinza de fundo, com os quadros que parecem estar apoiados na cabeceira. Acho que sou mais discreto e usaria algumas fotos de paisagem em preto e branco.
Um detalhe que eu achei muito bem pensado foi a prateleira na parede lateral que funciona como criado.


O segundo modelo é mais complexo, mas achei muito bonito! Esse eu conheci pessoalmente, no evento Casa Cor Rio de Janeiro 2012. Com um ambiente bem alternativo, com parede de tijolos cerâmicos maciços, ficou bem legal a estrutura toda preta. Gostei muito do banco em frente a cama e o tapete de quadrinhos estampados. Ficou muito interessante a composição assimétrica dos criados!


O terceiro e último modelo é uma forma bem interessante de aproveitar materiais e deixar o ambiente aconchegante, com o uso de madeira de paletes. Nessa composição foi instalada a cabeceira em toda a largura da parede e colocaram pontos de luz dentro da estrutura. A parte de cima ainda serviu de prateleira para apoiar quadros e objetos decorativos.
Achei interessantíssima a prateleira acima dos cubos que funcionam como criado-mudo!


Bom, espero que tenham gostado do post e das dicas! Até a próxima!

SOBRE SUSTENTABILIDADE...


Ultimamente tem-se ouvido falar muito a respeito de sustentabilidade. Esse conceito vem mexendo com a cabeça de muita gente e influenciando muitos consumidores. Ao escolher produtos e serviços, muitos deles tendem a dar preferência aos produtos sustentáveis, orgânicos, minimizadores de impactos ambientais, enfim... uma porção de definições que acabam confundindo a cabeça de muita gente.

Diante dessa tendência ambiental, gostaria de esclarecer alguns conceitos que aprendi ao longo de meus estudos e pesquisas realizados em minha carreira acadêmica.
A verdade é que quando se fala em Sustentabilidade, primeiramente precisamos entender que qualquer ação antrópica (atividades humanas) causa algum impacto ao meio ambiente. Uma vez que decidimos utilizar algum espaço para realizar alguma prática (uma construção de uma casa, por exemplo), estamos causando uma modificação no ambiente natural em prol de um ambiente construído satisfatório ao nosso cotidiano.

É essa transformação que deve ser entendida como um impacto ambiental. Quando fazemos um loteamento onde antes era uma área arborizada, quando jogamos um lixo na rua e a chuva vem e entope os bueiros e até mesmo quando exploramos os recursos não renováveis do planeta em uma velocidade maior em que a natureza pode acompanhar, estamos causando algum tipo de impacto, cada um em sua proporção.



Em segundo lugar, precisamos entender que, no mundo em que vivemos hoje é impossível alguém dizer que é totalmente sustentável, a única oportunidade que temos é de conseguir minimizar os impactos gerados ao ambiente com atitudes mais responsáveis.

Quando você for ao supermercado e deixar de usar uma sacola plástica, quando você segura seu lixo na mão enquanto estiver andando pelas ruas até achar um cesto de lixo, quando você economizar a água de seu banho e até mesmo quando analisar bem os produtos que compra e optar por aqueles que seguem melhor os princípios de sustentabilidade.



Como Arquiteto e Urbanista, transfiro muito dessa preocupação para o meu setor. Se você ainda não sabe, o setor da construção civil é considerado o maior causador de impactos ao meio ambiente. Os resíduos gerados na construção correspondem a 60% do lixo produzido em uma cidade. Essa porcentagem tende a crescer devido ao número de novas construções realizadas no país.

Felizmente já é possível encontrar algumas soluções mais ‘sustentáveis’ na hora de construir. Além disso, alguns projetos de casas sustentáveis vêm sendo desenvolvidas por algumas empresas, amparadas em sistemas de certificação de edificações que guiam todas as atividades.

As certificações cobrem o papel de gerir uma avaliação criteriosa de requisitos para incentivar e manter práticas sustentáveis entre os proprietários, usuários e operadores, no intuito de reduzir o impacto ambiental ao longo de todo ciclo de vida da edificação. São adotados critérios de avaliação, como: uso eficiente de água e energia, qualidade do ar e ambiente interno, gestão de resíduos, implantação e orientação da edificação, uso de recursos naturais, entre outros.

Um dos primeiros sistemas de certificação de edificações é o LEEDTM (Leadership in Energy and Environmental Design), elaborado nos Estados Unidos. Hoje já existem vários empreendimentos certificados com esse selo no mundo inteiro.
Além do LEEDTM, outros sistemas foram criados em outros países, de forma a adaptar suas certificações às características específicas de cada região. Dessa forma, é possível observar que um desses países tem procurado se adequar cada vez mais a essa preocupação de proporção global. No quadro abaixo você pode visualizar uma tabela das certificações internacionais mais influentes atualmente.

Sistema de Certificação
País / Região
Green Star
Austrália
Green Star
Nova Zelândia
GBC
Canadá
BEPAC
Canadá
Green Globes
Canadá
DGNB
Alemanha
MINERGIE
Suíça
BREEAM
Reino Unido
SBTool
República Tcheca
HQE
França
EPBD
Portugal
LIDER A
Portugal
SBAT
África do Sul
GBAS
China
HK-BEAM
Hong Kong
CASBEE
Japão
GRIHA
India
Green Mark
Singapura
EEWH
Taiwan

Dentre os sistemas listados acima, o HQE também tem se tornado um grande referencial. Não é à toa que um sistema de certificação nacional foi construído baseado nele.
O AQUA (Alta Qualidade Ambiental) foi elaborado e adaptado para a situação brasileira e segue a mesma avaliação multicritérios do referencial francês. Com 14 Categorias de análise, ele se subdivide em 4 famílias, como se pode ver na tabela a seguir.

14 Categorias do AQUA
Eco-Construção
1
Relação harmoniosa da construção com o entorno imediato
2
Escolha integrada dos processos de construção
3
Obra com poucos incômodos
Eco-Gestão
4
Gestão da energia – fontes energéticas
5
Gestão da água
6
Gestão das sobras das atividades
7
Gestão da manutenção
Conforto
8
Conforto higrotérmico
9
Conforto acústico
10
Conforto visual
11
Conforto olfativo
Saúde
12
Condições de saúde (dentro do edifício)
13
Qualidade do ar (dentro do edifício)
14
Qualidade da água (dentro do edifício)



Olá, pessoas!

Resolvi começar a esquentar de novo esse blog!

Em breve começarei a postar mais matérias sobre meus interesses e curiosidades de Arquitetura.

Obrigado pela visita!