29 outubro 2010

Giuseppe Terragni



Giuseppe Ercole Enea Terragni Giamminola (1904 – 1943) foi um grande arquiteto italiano e de quem eu gostaria de registrar minha grande admiração de seu trabalho.




Tive o prazer de conhecer sua biografia ainda na faculdade, quando minha professora de Teoria 3 me pediu que fizesse uma pesquisa sobre ele.




Giuseppe nasceu na cidade de Meda e aos 5 anos se mudou com a família para a cidade de Como. Seu pai era um construtor civil, talvez seja essa sua primeira influência para seguir com a arquitetura.




Assim que terminou sua educação básica, Giuseppe se inscreveu no Instituto Técnico Cajo Plínio Secondo, considerado o melhor estabelecimento de ensino de Ciências puras.



Em 1921 começa seus estudos sobre arquitetura na Escola Politécnica de Arquitetura em Milão, onde se destaca como aluno exemplar, ainda que descordando com o genero de ensino ministrado.


No período 1926-1927, forma o designado Grupo 7 , que publica diversos artigos na revista Rassegna Italiana , e que no seu conjunto constituem o Manifesto do Racionalismo Italiano. Este grupo propõe uma arquitetura moderna radical, que não entraria necessariamente em ruptura ou contradição com a herança arquitetônica italiana.

Influenciados em grande parte por Le Corbusier e todas as suas ideias e propostas inovadoras, modernas e revolucionárias, bem como pelo visionarismo do movimento futurista, pelos seus princípios e pela sua estética, propõem uma arquitetura rigorosamente fundamentada na lógica e na razão. Este racionalismo difundiu-se, sobretudo no Norte de Itália, particularmente em Milão, Turim e Como, epicentro do florescimento econômico e industrial, em particular da produção automotiva.


Essencialmente por esta perspectiva e numa 1.ª fase, Terragni pratica uma arquitetura experimentalista, inovadora, modernista e racional, que não rejeita a arquitetura tradicional, estabelecendo com ela paralelos abstratos ou atemporais da arquitetura, como a luz, o ritmo, a proporção; as transparências e a tridimensionalidade do espaço constituem uma auto-representação.

Entretanto, no período 1928-1933, Terragni entra em polêmica aberta na defesa de sua ideologia arquitetônica: o movimento racionalista, com o apoio político do Estado e uma ampla produção arquitetônica.

Profissionalmente, Terragni estabelece-se em 1927 em Como, com o irmão, engenheiro. Em 1930 participa na 1.ª mostra de arquitetura racionalista, em Roma, e em 1933 está ligado ao CIAM de Atenas (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna).

Entre 1933-1935 trabalha em parceria com o arquiteto Pietro Lingeri, período de que datam as obras mais importantes e consistentes, na sua maioria na cidade de Como, entre edifícios institucionais, de habitação e outros, como desenho de mobiliário, exposições e monumentos. Em 1940 publica um artigo no Ambrosiano de Como, que atesta a sua militância na arquitetura racionalista.


Em 1939 ingressa no exército, partindo em 1942 para a Rússia como capitão.


A sua obra mais emblemática em todos os aspectos, desde o equilíbrio das proporções à plasticidade comedida, passando pela representatividade urbana, cívica e política, é a Casa del Fascio, Como (1932-1936). Sede local do partido fascista, apresenta com igual importância quer os requisitos formais e estéticos do moderno-racionalismo, quer temas clássicos da arquitetura italiana desde o Império Romano, abordados não de modo literal, mas transpostos num registro abstrato de elementos essenciais.




Igualmente importante é o edifício de habitação Novocomum, Como (1927-1929), sobretudo por se tratar de uma das primeiras obras e que contém expressa com grande clareza as premissas do racionalismo, de um modo pouco sutil, quase como um manifesto.






(em construção)

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